Precisamos falar sobre afogamento!



Em meio ao escaldante verão brasileiro, buscamos alternativas para amenizar o calor. Piscinas, praias, represas, rios, tudo vale quando o assunto é se refrescar. Entretanto, alguns cuidados básicos devem ser tomados para prevenir possíveis acidentes.



Um dos mais graves quando se envolve água é o afogamento. De acordo com o boletim de 2020 da SOBRASA - Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático, 15 brasileiros morrem afogados diariamente. Mesmo que em alguns casos não ocorra óbito, a falta de oxigenação cerebral pode trazer lesões neurológicas irreversíveis se o socorro não for muito rápido.



 



Ainda segundo levantamento da SOBRASA, o afogamento é a 2ª causa de óbito em crianças de 1 a 4 anos. O assunto é pauta principal durante o verão, por ser uma época de maior frequência de atividades aquáticas, aumento no consumo de bebidas alcóolicas e, especificamente em meio à pandemia do Coronavírus, acidentes domésticos envolvendo crianças e água.



 



Segundo o pneumologista pediátrico Cláudio Amorim, não é necessária uma quantidade grande de água para se afogar. “Para um bebê, por exemplo, uma altura de 2 centímetros a 5 centímetros de água já é o suficiente para gerar afogamento”, aponta. Um descuido de segundos pode comprometer a vida da vítima ou até mesmo levá-la à morte. Amorim traz a prevenção como principal medida de combate a este tipo de acidente. “Saber a profundidade de onde irá nadar, conhecer suas próprias habilidades - se sabe nadar ou não - respeitar a sinalização de bandeiras, e quando mergulhar, sempre com braço estendido”, discorre.



 



Outro dado relevante é que 59% das mortes de 1 a 9 anos ocorre em piscinas e residências. De acordo com Cláudio, segundos de desatenção com crianças podem causar danos irreparáveis.



 



O pneumopediatra destaca ainda que acidentes podem ocorrer tanto na piscina como em outros cômodos da casa, como banheiros, lavanderia e cozinha. “Um tipo de acidente comum é o afogamento em vasos sanitários. Como nos primeiros dois anos de vida a cabeça representa um terço do peso do corpo, ela pode cair e não ter forças para levantar”, alerta Amorim. “Além disso, com crianças perto da piscina, é necessário sempre ter um adulto responsável por perto. É importante não deixar brinquedos na beira ou dentro da piscina, a criança vislumbra-se por cores e vai querer pegá-los”.